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Setores da indústria e comércio registram maior número de desemprego no Maranhão


Data: 18 de abril de 2016
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos

SÃO LUÍS – No primeiro bimestre de 2016 foram registradas 9,2 mil demissões líquidas, em postos de trabalho, em todas as atividades no Maranhão, principalmente nos setores da Indústria (-6,2 mil) e do Comércio (-2,2 mil). As demais demissões estão distribuídas nos segmentos de Serviços, Administração Pública e Agropecuária (-800). O número total de empregos sofreu uma redução de 2,8 mil vagas em relação ao mesmo período de 2015.

A informação é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), setor de estatística do Ministério de Emprego e Previdência Social, que destaca, ainda, São Luís com a maior concentração das demissões líquidas (saldo entre contratações e demissões), o equivalente a 5,1 mil postos de trabalho em todos os segmentos de atividades.

Em relação ao comércio, os dados se refletem diretamente na sociedade e já podem ser notados nas principais ruas e avenidas de São Luís, a exemplo da Avenida dos Holandeses (Calhau) e Avenida Castelo Branco (São Francisco), onde diversas lojas fecharam suas portas, não muito diferente do que vem ocorrendo nos grandes centros comerciais, como shoppings centers, que estão com vários pontos desativados e com placas de locação. No caso específico da Avenida Castelo Branco, a situação ainda é agravada pelos trechos de faixas exclusivas para ônibus, que dificultam o estacionamento dos clientes.

Na indústria, a construção civil registrou o maior número de demissões (-5,1 mil), demonstrando que o setor produtivo vem sentindo o impacto da crise. A retração implica em desemprego, tema que foi pauta, esta semana, do Informe Conjuntural do primeiro trimestre de 2016, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo destaca que este vem sendo o terceiro ano consecutivo de compressão da indústria em todo o país; o PIB do setor terá uma queda acumulada de 12% em três anos; os investimentos encolherão 13,5%, o consumo das famílias diminuirá 4,4% e o desemprego atingirá 11,5% da população.

Em carta circular dirigida a Câmara dos Deputados, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que essa conjuntura adversa, em grande parte causada por uma sucessão de erros na política econômica, vem afetando a indústria mais seriamente do que outros setores. Em 2015, o PIB industrial caiu 6,2% e a produção despencou 8,3%, o pior resultado em 12 anos. “Os prejuízos são intensos e generalizados, atingindo todos os segmentos da indústria brasileira. Estamos perdendo a capacidade de produzir, investir, inovar e criar empregos. Essa é uma situação sem precedentes no país”, enfatizou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez das Neves, a crise precisa ser resolvida urgentemente. “A queda da atividade econômica e um ambiente de incerteza política faz a economia ficar em forte recessão. A situação, que retrai investimentos, deteriora as condições financeiras das empresas e, se não revertida, pode agravar o quadro e levar a novas quedas. É fundamental que as indústrias estejam preparadas para enfrentar esse momento, com o fortalecimento da gestão de seus negócios e inovando”, afirmou.

A informação sobre as demissões divulgada pelo CAGED é ratificada pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), do Governo do Estado do Maranhão, ao destacar que a elevada inflação e deterioração das expectativas do empresário são fatores que vem contribuindo para o desaquecimento da economia.

Outro ponto que pode ser considerado para esse cenário é a falta de conservação da BR-135, que tem elevado o custo de logística, a ponto de algumas empresas e indústrias serem forçadas a demitir, como é o caso das cerâmicas em Itapecuru Mirim.

A indústria ceramista sofre com a grande redução no fornecimento para as construtoras, apesar de continuar vendendo para os pequenos consumidores, mas não tem conseguido sustentar o aumento no custo dos fretes.

“A BR-135 está com muitos buracos e prejudica diretamente no custo de logística dos produtos. Desde o mês de janeiro o frete aumentou de forma agressiva e vem impactando diretamente no setor ceramista”, enfatiza Benedito Bezerra Mendes, presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas para a Construção do Estado do Maranhão (Sindicerma) e vice-presidente da FIEMA.

De acordo com dados da Confederação Nacional de Transporte (CNT), somente 1,5% das rodovias federais no Maranhão são consideradas ótimas, as demais são ruins ou péssimas.

COMPETITIVIDADE - Na contramão da crise, algumas empresas tem buscado na inovação, uma alternativa para assegurar seus resultados positivos. É o caso da Fonmart, especializada em Projetos, Implantação e Manutenção de Soluções de Tecnologia nas áreas de Engenharia Elétrica e Eletrônica e Telecomunicações, que utilizou como uma das ferramentas, cursos para aprimorar os processos de gestão e hoje continua oferecendo seus serviços de forma diferenciada no mercado.

A empresa contou com auxílio da FIEMA, por meio do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), que realiza diversas ações para a melhoria e fortalecimento do processo de gestão de centenas de empresas do estado.

“Hoje, nesse momento difícil em todo o país, podemos dizer que estamos mais preparados. Diariamente avaliamos nossos processos de gestão, verificamos cuidadosamente nossos contratos, oferecemos soluções que reduzam o custo operacional dos clientes, primando sempre pela qualidade do nosso trabalho. Posso afirmar que investir em gestão é primordial para nossa sobrevivência. Estamos há 28 anos no mercado e há 14 anos participando de ações na FIEMA”, disse o diretor de negócios da Fonmart, Darci Fontes.

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