SÃO LUÍS - Participar de feiras de negócios, criar mecanismos de controle de produção, estar sempre atualizado sobre preço de fornecedores são algumas das iniciativas que os empresários maranhenses devem ter para fazer negócios com a China. A afirmativa é do consultor Rodrigo Abu-Jamra Côrrea, que desembarca em São Luís, nesta quinta-feira, 9 de junho, a convite do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), para ministrar o curso "Como fazer negócios com a China" para empresários, entidades, estudantes e comunidade. A capacitação será realizada das 18h às 22h, na Casa da Indústria Albano Franco e as inscrições ainda podem ser realizadas na página principal do site, clicando no banner do evento.
Dados da relação Brasil-China, o que importar, como achar fornecedores, mitos e verdades são alguns dos temas que serão abordados na capacitação, assim como o desenvolvimento de produtos, negociações, como importar, formas de pagamento, entraves, cultura e etiqueta e possibilidades de exportação.
“Para começar os negócios é essencial fazer um bom trabalho de seleção de fornecedor/comprador e de desenvolvimento de produtos. Com isso feito de maneira adequada, o processo tem sua chance de sucesso aumentada exponencialmente. Feiras de negócios também abrem portas para oportunidades”, afirma o consultor, que tem mais de 10 anos de experiência em negócios internacionais.
Em pesquisa recente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou que a China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil e vem se constituindo em uma das principais fontes de investimentos no País. A corrente de comércio Brasil-China ampliou-se de forma marcante entre 2001 e 2015 – passando de US$ 3,2 bilhões para US$ 66,3 bilhões.
CHINA-MARANHÃO - Dentro desse cenário, também há espaço para o Maranhão, basta o empresário se preparar, segundo Abu-Jamra Côrrea. “Para os setores que o Maranhão se destaca na produção é possível buscar exportações ao país. Já as indústrias com alto consumo de componentes ou matéria-prima ou empresas que comercializam manufaturados, as importações da China são uma grande oportunidade”. Ele lembrou que a atração de investimentos chineses já é uma realidade para o Estado, a exemplo do recente caso da China Communications Construction Company (CCCC) no terminal da Wtorre.
Para o superintendente da FIEMA, Albertino Leal, é uma oportunidade para o empresariado maranhense potencializar seus negócios. “Nossa intenção é atender a demanda do empresariado, fornecendo ferramentas úteis e práticas, que melhorem seu desempenho em operações comerciais com a China” afirmou.
Albertino disse ainda, que somente este ano, a FIEMA já desenvolveu eventos para os empresários maranhenses com foco no país asiático, como o Encontro de Negócios Maranhão for Business Edição China e a visita do presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China. “Temos mais essa iniciativa, por perceber a quantidade de empresas maranhenses que começam a ter esse relacionamento comercial internacional”, ressaltou.
CURRÍCULO - Rodrigo Abu-Jamra Côrrea possui 8 anos de experiência com a China, sendo 4 anos de residência no país, onde trabalhou para a Câmara de Comércio Brasil China e criou sua empresa de consultoria para atender clientes próprios. Fluente em Mandarim, Espanhol e Inglês, visitou mais de 150 empresas na China, dando assessoria aos clientes e sendo o intérprete em tais ocasiões. Sólida experiência de negociação com fornecedores e amplos conhecimentos culturais do País. Estudou nos EUA, Espanha e China e teve passagem por empresas como Exxon Mobil, CCIBC, Nutrimental e outras.