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Conselho de Política Industrial da FIEMA discute inserção do MA no Semiárido


Data: 29 de maio de 2017
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos

SÃO LUÍS – O engenheiro agrônomo, doutor e pós-doutor em Economia Rural, dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente, professor e coordenador do Laboratório do Semiárido (LabSar) na Universidade Federal do Ceará (UFCE), José de Jesus Sousa Lemos apresentou durante a reunião do Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico (COPIN) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), na última quinta-feira, (25/05), a palestra “A inserção do Maranhão no Semiárido brasileiro se impõe por aspectos técnicos, sociais e econômicos”.

“Os especialistas estimam que existam mais de um milhão de pessoas vivendo numa região do leste maranhense que tem característica de semiárido e toda região que está dentro do semiárido brasileiro e nordestino usufrui de alguns benefícios como financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), com rebate de 25%, nas taxas de juros, enquanto que em condições normais isso é de apenas de 15%, e tem beneficio também do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) com linhas de financiamento com taxas a 1% ao ano, ou seja, é altamente subsidiado. São instrumentos que poderiam subsidiar o desenvolvimento econômico dessas regiões se bem aplicados. Por isso convidamos o professor Lemos para debater sobre o tema e colocar a FIEMA nessa linha de frente para trazer esses municípios para o mapa do semiárido do Brasil”, destacou o presidente do COPIN da FIEMA, Luiz Fernando Renner.

Para o professor Lemos, a inserção do Maranhão no Semiárido traria vantagens econômicas, sociais e ambientais. “Existe uma politica diferenciada do governo federal para uso de fundos do PRONAF e FNE em destaque para os municípios do Semiárido, como os municípios maranhenses estão fora eles não se beneficiam desses recursos. O grande entrave hoje é político. A importância da FIEMA, como formadora de opinião e poder de influência nesse debate pode influenciar a bancada federal maranhense e o governador do Estado para que isso aconteça. Não podemos ficar penalizando mais de um milhão de pessoas que sofrem por conta disso nestes 15 municípios que tem características de semiárido”, enfatizou o professor Lemos, que estuda essa questão há 12 anos.   

 

 A pesquisa do professor leva em consideração dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010 e os PIB dos municípios publicados pelo IBGE em 2009, levando em consideração os indicadores de exclusão de educação, renda, água, saneamento e coleta de lixo.

Os resultados do estudo apresentados pelo professor na reunião apontam que pelo menos quinze (15) municípios maranhenses (Barreirinhas, Benedito Leite, Brejo, Buriti Bravo, Caxias, Codó, Chapadinha, Colinas, Loreto, Matões, Santa Quitéria, Timbiras, Timon, Tutóia e Urbano Santos) têm índices (comprovados em série histórica) de aridez compatíveis com o que as Nações Unidas classificam como semiárido. A pesquisa conclui que todos os indicadores econômicos e sociais desses municípios maranhenses são piores do que os apresentados pelos demais municípios já incluídos no semiárido e isso provavelmente acontece pelo seu não reconhecimento como pertencente a esse ecossistema.

A reunião aconteceu no Salão Nobre da entidade e contou com a presença do coordenador do Núcleo de Estudos sobre Orçamento, Finanças e Tributação da UFMA, Fabiano Ferreira Lopes, do assessor do vice-governador, João José Serra, do representante do Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ronald Chaves, do presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Maranhão, Antônio das Graças Alves, do engenheiro agrícola da Codevasp, Adenilson de Oliveira, do presidente do Conselho de Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da FIEMA, Celso Gonçalo, da diretora geral da Embrapa Cocais, Maria de Loures Mendonça, do representante do Sindicato de Radialistas, Josemar Pinheiro, do vice-prefeito de Vargem Grande, Jorge Fontes, do assessor da Secretaria Adjunta de Planejamento (SEPLAN), Marco Aurelio Martins e de Fernando Trinta, superintendente da Sagrima, além de professores da UEMA, dentre outros.

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