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Baldez fala sobre a Indústria no MA em entrevista ao Jornal O Imparcial


Data: 25 de maio de 2021
Crédito: Coordenação de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA e O Imparcial
Fotos: Veruska Oliveira - COCEV FIEMA
Fonte da notícia: FIEMA

Confira na íntegra a entrevista concedida pelo presidente da FIEMA, Edilson Baldez ao diretor de redação do Jornal O Imparcial.

Qual o principal entrave da indústria maranhense hoje?


EDILSON BALDEZEmpresários apontam como os principais problemas enfrentados pela indústria são a elevada taxa de câmbio, a falta ou alto custo da matéria-prima, dificuldade de capital de giro, alto custo da energia, a elevada carga tributária e dificuldades na logística de transportes. Estes fatores, apurados na publicação Sondagem Industrial, do último trimestre de 2020, contribuem fortemente para um baixo poder de competitividade do setor, restringindo seu mercado.
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Como as indústrias na sua maioria pequenas e médias estão sobrevivendo com a pandemia?

EDILSON BALDEZCom muito sacrifício, para manter o mínimo possível em operação, adotando mecanismos alternativos de gestão de pessoal, antecipando férias, reduzindo jornada de trabalho ou colocando pessoas do grupo de risco em home office, requalificando alguns trabalhadores e, principalmente, negociando condições de pagamento com fornecedores de insumos e matérias-primas, bem como das obrigações tributárias. Tudo seria pior, não fosse o pagamento, pelo governo federal, do auxílio-emergência que manteve os consumidores comprando e isto induzia as empresas a produzir, mesmo que contraindo dívidas, mas tendo a preocupação de não deixar crescer a capacidade operacional ociosa.

Existe um paradigma muito grande que o Maranhão não tem indústria. Que indústria o Maranhão de fato possui? Em quais cidades e quais setores elas atual? E qual o destino desses produtos?

EDILSON BALDEZEsse é um modelo que precisa ser quebrado. O Maranhão tem, sim, indústrias e elas são muito importantes para o estado, tanto em geração de valor agregado, quanto de geração de emprego e renda e de impostos para o governo. De acordo com dados do IBGE, o Maranhão conta com 4.097 indústrias, o que equivale a 6% das indústrias do Nordeste, e elas respondem por 18,5% do Produto Interno Bruto estadual, participação que é muito próxima da região Nordeste (18,9%) e do Brasil (21,8%). Números bastante significativos. São Luís, Imperatriz, Açailândia, São José de Ribamar, Caxias, Timon são municípios que se destacam em termos industriais.
*Construção, Serviços Industriais de Utilidade Pública, Metalurgia, Celulose e papel, Alimentos, Bebidas e Minerais não-metálicos são os setores que sobressaem. Além, é importante destacar que, em 2020, a exportação de produtos industrializados, pelo Maranhão, alcançou a US$ 1,9 bilhão (FOB), o que corresponde a 56,5% o valor de todas as exportações do estado e a 18,4% do que foi exportado pelo Nordeste. É oportuno lembrar que as indústrias do Maranhão geram emprego para mais de 74 mil pessoas, 65% das quais possuem, pelo menos, o ensino médio. E mais: em 2019, o governo estadual arrecadou R$ 1,2 bilhão de ICMS junto à nossa indústria. *

Quais os grandes projetos industriais que o Maranhão aguarda para ser de fato a bola da vez?

EDILSON BALDEZO grande projeto do momento tem foco no Centro Espacial de Alcântara que, finalmente, foi destravado e hoje já conta com quatro grandes empresas selecionadas para operarem no CEA, abrindo espaço para outras indústrias de elevada tecnologia e serviços de alta especialização, sem esquecer a formação de importante polo turístico na cidade e a região de entorno. Uma janela aberta para a ampliação da indústria aeroespacial brasileira. O Maranhão tem que aproveitar essa oportunidade e a FIEMA é um importante protagonista desse momento histórico.

O que a FIEMA tem feito para amenizar esse cenário por qual passa o setor industrial?


EDILSON BALDEZO Sistema FIEMA, por meio do SESI, do SENAI, do IEL e da própria Federação, em parceria com outras entidades empresariais, implantou o Projeto Avança Maranhão, buscando amenizar os problemas provocados pela crise sanitária do coronavírus. São ações de capacitação, de difusão de processos tecnológicos e inovação, campanhas de vacinação para manter ativos e produtivos os trabalhadores da indústria, melhorando sua qualidade de vida, além de viabilizar o acesso das empresas ao sistema de crédito. Ao mesmo tempo, tem intermediado junto às autoridades governamentais no sentido de conseguir negociar facilidades operacionais que permitam, principalmente, às micro e pequenas empresas, condições para cumprimento de suas obrigações financeiras. Estamos desenvolvendo todos os esforços no sentido da preservação do emprego e dos salários, buscando, sempre que possível, evitar o fechamento de nossas empresas.
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