SÃO LUÍS - O presidente da diretoria Provisória para a reativação do Centro das Indústrias do Maranhão-CIMAR, Luiz Fernando Renner, vice-Presidente Executivo da FIEMA e Coordenador do Grupo de Trabalho Pensar o Maranhão tem, como foco principal, a atualização e modernização do Estatuto da organização, a atração de novos sócios e promover a eleição da nova diretoria.
O CIMAR foi fundado em 1967 tendo como primeiro Presidente Luís da Rocha Porto, empresário e executivo da Oleaginosas Maranhenses S/A-OLEAMA, indústria de porte fabricante de sabões, velas, óleo de coco de babaçu e produtos saneantes. Paralisado em 2003, recebe agora a adesão de empresas industriais, empresários, associações ligadas ao setor produtivo, bem como empreendedores, para acionar ações sustentáveis diretamente relacionadas aos interesses da Indústria.
Luiz Renner, que também é ex-Presidente do CIMAR, fala mais da entidade nesta entrevista exclusiva concedida no final de semana para o Jornal O Imparcial.
Por que a reativação do CIMAR?
Luiz Fernando Renner - O CIMAR prestou importante serviço à classe industrial do nosso estado. Promoveu, na época, intensa agenda para discussão do desenvolvimento do Maranhão, incluindo o setor de oleaginosas e as cadeias produtivas de soja, fruticultura e ferro e alumínio. Foi uma contribuição valiosa para a formulação das políticas econômicas do estado.
Pensando na importância dessa entidade é que um grupo de empresários uniu-se para recuperá-la. O novo CIMAR será um canal atuante na representação e defesa dos seus associados em nosso estado, contribuindo para um ambiente de negócio mais favorável e dinâmico, propício a esses novos tempo de tecnologia, inovação e a atração de grande investimentos para o Maranhão.
Existe algum conflito de interesse com a Fiema já que ambas teriam o mesmo propósito de atuação?
Luiz Fernando Renner - Creio que não. Até porque no CIMAR qualquer empresa que esteja ligada ao segmento industrial poderá associar-se. Empresas industriais ou agroindustriais, entidades sindicais e consultores que exerçam atividade industrial ou em atividades afins no nosso estado. Como os princípios de atuação e a linha de propostas são convergentes não existirá conflito entre as entidades. As duas perseguem a instalação de novas plantas industriais, geração de emprego e renda e a representatividade na defesa dos interesses do empresariado maranhense.
O que a diretoria pretende fazer para atrair novos associados?
Luiz Fernando Renner - Espera-se que a nova diretoria idealize projetos que possam indicar aos seus associados os melhores caminhos para o crescimento da indústria maranhense. Estudos diversificados que possam apontar cenários realistas para a expansão da produção industrial e preparar um caminho produtivo e competitivo para as empresas do nosso estado, tais como ampliar relacionamento com os principais agentes de desenvolvimento do estado, produção de estudos setoriais, oferta de crédito e potencializar a realização de negócios. Essa plataforma vem sendo disseminada e tem conseguido a adesão de novos associados.
Qual vai ser o posicionamento do CIMAR em relação aos setores governamentais?
Luiz Fernando Renner - A instituição precisa da boa harmonia com os poderes públicos para que possam ser realizadas parcerias bem-sucedidas, primordiais para a elaboração de projetos econômicos que repercutam em todas as cadeias produtivas do estado, com a confluência de ações aglutinadoras visando o desenvolvimento. Precisamos da união dos segmentos que produzem e dos agentes governamentais. Somente com esse equilíbrio, as pautas e as demandas poderão ser avaliadas sob a ótica do crescimento da economia maranhense. E principalmente da necessidade de acionar programas que beneficiem as cadeias produtivas da indústria local.