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Observatório da Indústria chama atenção para industrialização do Sul do Maranhão


Data: 14 de maio de 2025
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Fotos: COCEV
Fonte da notícia: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA

BALSAS – Na última terça-feira (13/05), no estande do Sistema FIEMA na Agrobalsas, o coordenador do Observatório da Indústria do Maranhão, Carlos Jorge Taborda, realizou palestra intitulada “Sul do Maranhão: Perspectivas e Desafios da Atuação Industrial” para dezenas de empresários e autoridades locais. Na ocasião, ele compartilhou dados sobre economia, setores empresariais, empregabilidade e educação na região, apontando os principais desafios e oportunidades. A análise dos dados demonstrou como a atuação articulada do Sistema FIEMA — por meio do SESI, SENAI, IEL e da própria Federação — pode contribuir com soluções voltadas para o desenvolvimento local, conectando educação, indústria e mercado de trabalho.

 

A região Sul do Maranhão, composta por municípios como Balsas, Tasso Fragoso e São Raimundo das Mangabeiras, tem um Produto Interno Bruto (PIB) que, em 2021, alcançou R$ 13,41 bilhões. A região tem mostrado um crescimento significativo, embora ainda enfrente dificuldades em termos de infraestrutura e desenvolvimento econômico. O Observatório da Indústria do Maranhão destaca a importância de fortalecer o sistema industrial local, promovendo a inteligência competitiva e a colaboração entre os setores.

 

A agropecuária se destaca como um dos pilares da economia sul-maranhense, com a produção de soja e algodão liderando as exportações. Em 2024, Balsas, por exemplo, registrou exportações de US$ 1,88 bilhão, tendo a China como principal país comprador. No entanto, a dependência de produtos agrícolas também traz à tona a necessidade de diversificação econômica e investimentos em setores como a indústria e serviços, que ainda são subdesenvolvidos na região. A criação de indústrias para atender o agronegócio, a exemplo da fabricação de implementos agrícolas, e a industrialização da produção agrícola são estratégias essenciais para agregar valor e aumentar a competitividade.

 

Além das questões econômicas, o panorama social da região revela desafios significativos, como a alta taxa de analfabetismo e a necessidade de formação profissional. Dados do Censo Demográfico de 2022 indicam que uma parte considerável da população adulta não possui educação formal completa. Para enfrentar a desigualdade social e promover um desenvolvimento sustentável, é crucial implementar políticas que estimulem a educação e a capacitação profissional, criando oportunidades de emprego e melhorando a qualidade de vida dos habitantes da região Sul do Maranhão.

 

O Sistema FIEMA está ampliando a sua presença na região, especialmente em Balsas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está investindo mais de R$ 14 milhões em infraestrutura física e tecnológica no município. Já o Serviço Social da Indústria (SESI) já dispõe de soluções em segurança do trabalho e saúde ocupacional. Nesta edição da Agrobalsas foi anunciada a construção de uma unidade física do SESI e em breve a oferta do Ensino Médio integrado SESI/SENAI. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MA) também dispõe de estrutura na cidade.

 

PERSPECTIVAS - Para Carlos Jorge, o Sul do estado pode fazer frente a questões como inseguranças alimentar e energética, mudanças climáticas e desigualdades sociais. A região pode desempenhar um papel crucial na mitigação da insegurança alimentar por meio da ampliação da produção agrícola e da industrialização dos produtos locais. A implementação de agroindústrias voltadas para a transformação de alimentos para consumo humano e animal, como açúcar, soja e milho, não apenas aumentaria a oferta de alimentos, mas também agregaria valor à produção, beneficiando os agricultores locais.

 

Além disso, o fortalecimento de práticas agrícolas sustentáveis e de alta produtividade pode ajudar a enfrentar os desafios das mudanças climáticas ao promover a resiliência das culturas e a conservação dos recursos naturais. Iniciativas que incentivem a agricultura de baixo carbono e a remuneração por serviços ambientais também mitigam as mudanças climáticas e garantem a sustentabilidade na região.

 

Para enfrentar a desigualdade social, a região Sul deve investir em educação e capacitação profissional, preparando a população para as demandas do mercado de trabalho e promovendo a inclusão social. Programas de formação técnica e profissional podem criar oportunidades de emprego, especialmente em setores emergentes, como energias renováveis. A produção de etanol de segunda geração e biogás a partir de resíduos agrícolas são exemplos de como a região pode diversificar sua matriz energética, reduzindo a dependência de fontes não renováveis, e promover a sustentabilidade.

 

Ao integrar a formação profissional com a promoção de tecnologias limpas, a região não apenas melhora a qualidade de vida de seus habitantes, mas também se posiciona como um modelo de desenvolvimento sustentável, alinhando-se às necessidades globais de combate às mudanças climáticas e à promoção da justiça social.

 

O Observatório da Indústria tem como missão fornecer inteligência estratégica para subsidiar ações do Sistema FIEMA, dos sindicatos patronais e dos Conselhos Temáticos. A iniciativa é apoiada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e integra uma rede nacional de observatórios, presente em 26 estados. No Maranhão, a ferramenta já começa a direcionar políticas e projetos que fortalecem a competitividade e a representatividade da indústria local.

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