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FIEMA contribui para elaboração da Estratégia Brasil 2050


Data: 23 de maio de 2025
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Fotos: Nestor Bezerra
Fonte da notícia: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA

SÃO LUÍS – A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) sediou nesta sexta-feira (23/05) a 11ª edição do “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050”. A escuta realizada pelo governo federal tem como objetivo apresentar a Estratégia Brasil 2050, engajar, mobilizar os mais diversos setores na elaboração da proposta e coletar percepções sobre o modelo da Estratégia e sobre o que se espera do Brasil no horizonte dos próximos 25 anos. O vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, foi um dos painelistas a falar sobre “Desafios e Oportunidades para o Brasil que queremos”.

 

A Estratégia Brasil 2050 é um plano de longo prazo que visa preparar o país para os próximos 25 anos, promovendo um desenvolvimento sólido, sustentável e inclusivo. O objetivo principal é construir um futuro mais justo, próspero e sustentável, enfrentar desafios estruturais como desigualdades sociais, mudanças climáticas e a garantia de saúde, educação e empregos de qualidade para todos. Estratégia Brasil 2050 busca fortalecer a economia brasileira, aumentar a produtividade e a competitividade, além de fortalecer as instituições para garantir a democracia e a soberania do país.

 

O plano, iniciativa do Ministério do Planejamento e Orçamento, considera as particularidades regionais, contemplando os desafios e potencialidades das cinco macrorregiões do país, promovendo o desenvolvimento equilibrado em todo o território nacional. Daí a importância da realização dos Diálogos em vários estados. A secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, esteve em São Luís para apresentar a proposta e ouvir as contribuições dos diversos atores maranhenses.

 

“A participação na Estratégia Brasil 2050 é ampla e colaborativa, envolvendo o setor público, privado, universidades e toda a sociedade. O governo federal realiza consultas e diálogos pelo país para ouvir a população, unindo esforços para construir um projeto de Estado coletivo que assegure um futuro melhor para as próximas gerações”, explicou a secretária.

 

Durante o encontro, o secretário estadual de Planejamento e Orçamento, Vinícius Ferro, apresentou a concepção, desenvolvimento e execução do Plano Maranhão 2050, destacando a ampla participação da sociedade civil, setores produtivos e academia na construção do diagnóstico e das estratégias para o desenvolvimento socioeconômico integrado do estado. Ele ressaltou a institucionalização do plano, com metas de curto, médio e longo prazo, a articulação com instrumentos de planejamento público e a criação de uma comissão para acompanhar e atualizar o plano, além de exemplificar projetos prioritários como o Maranhão Livre da Fome.

 

SETOR INDUSTRIAL - O vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, representou o setor industrial durante sua participação no painel “Desafios e Oportunidades para o Brasil que queremos”, na 11ª edição dos Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050. Ele abordou diversos aspectos importantes relativos ao desenvolvimento econômico do Maranhão, focando em desafios, ativos e propostas para o crescimento sustentável do estado.

 

Renner destacou que o “Maranhão 2050” é um projeto de Estado, pensado para transcender governos, ou seja, cada nova administração deve dar continuidade e cumprir as propostas nele inseridas. Ele ressaltou a importância da participação ativa do sistema produtivo, com discussões e contribuições para que o projeto se concretize.

 

Ao identificar os maiores entraves para a economia estadual, Renner citou a insegurança jurídica, a burocracia, as normas e códigos tributários exagerados e as altas taxas de juros. Para ele, a falta de cumprimento de regras essenciais no ambiente de negócios dificulta a expansão das indústrias, processos muito complicados inibem a atratividade de investimentos e dificulta a instalação e ampliação de plantas industriais e o excesso de regulamentações onera as empresas localizadas no Maranhão.

 

“O problema das altas taxas de juros afeta todos os setores, encarecendo produtos e inviabilizando o crescimento e o planejamento das empresas. Um exemplo recente foi o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), foi de 0,38% para 0,95% (aumento de 150%) para operações de crédito para as empresas em geral, aumento que penaliza empresários de todos os portes”, disse o vice-presidente da FIEMA, acrescentando que a infraestrutura rodoviária federal e estadual do maranhão é precária e isso dificulta o escoamento da produção e aumentando os custos de frete.

 

ATIVOS – Apesar desses entraves, o Maranhão tem grandes ativos, como o Porto do Itaqui, a Zona de Processamento de Exportação de Bacabeira, agronegócio robusto e um potencial gigante com a exploração de duas bacias da margem equatorial brasileira – Barreirinhas e Grão-Pará, localizadas no estado.

 

Renner destacou que o Porto Itaqui, considerado a “joia da coroa do Maranhão”, é um dos maiores portos públicos do país, ocupando o quarto lugar em movimentação nos portos brasileiros. No entanto, enfrenta limitações operacionais, com risco de estrangulamento, o que provoca desvio de cargas para outros portos. Ele sugeriu o apoio do Estado e do governo federal para ampliar a infraestrutura portuária, com destaque para o projeto da ferrovia que interligaria a região da Açailândia Alcântara, além da importância de novos portos, como o projeto Grão Pará-Maranhão, para atender à crescente produção de grãos da região.

 

“A Zona de Processamento de Exportação de Bacabeira (ZPE), por sua vez, é um projeto em fase de implantação que deve receber apoio governamental firme para garantir sua viabilidade. A ZPE Bacabeira atrai empresas, mas sua capacidade de atração pode acabar com o fim dos incentivos fiscais, que estão perto do término e sem esses incentivos não haverá novas empresas atraídas pela ZPE no futuro, o que requer planejamento e promoção constante. A ZPE pode se tornar um elemento estratégico de atração de investimentos no futuro quando entrar em vigor a Reforma Tributária", salientou.

 

O vice-presidente executivo da FIEMA falou que o Maranhão possui um forte setor agroindustrial, com destaque para o setor sucroalcooleiro em expansão, incluindo projetos inovadores como produção de álcool a partir do milho com a implantação da empresa Inpasa Brasil, em Balsas, além de indústrias frigoríficas e relacionadas ao beneficiamento de produtos agrícolas. Por fim, Renner evidenciou o potencial energético do estado, com superávit em energia elétrica e um grande potencial para geração de energia limpa. “É preciso a colaboração de todos os setores para que possamos superar os entraves e potencializar os ativos”, concluiu.



Também participaram do painel Walter Canales, reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Marileia Campos, procuradora de Justiça e presidente da Comissão Ambiental do Ministério Público; Rakel Murad, gerente de Relações Corporativas da Suzano; Maria Estrela, membro do Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens do UNICEF; Ofélia da Silva, chefe do escritório do UNICEF em São Luís; Arthur Ribeiro, secretário adjunto de licenciamento Ambiental da SEMA, Gilvan Alves, representante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração e representante do Fórum Nacional de Participação Social.

 

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