Indústria maranhense se posiciona na agenda climática com Carta do Maranhão
Data: 1 de setembro de 2025
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Fotos: Nestor Bezerra / Sistema FIEMA
Fonte da notícia: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
SÃO LUÍS – Em artigo publicado no último sábado (29), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez das Neves, defendeu o protagonismo do setor produtivo na formulação de soluções sustentáveis para a Amazônia Legal. O texto se apoia na Carta do Maranhão, documento estratégico elaborado durante a Jornada COP+, realizada na sede da entidade em 4 de agosto, que reuniu governo, empresários, organizações da sociedade civil e especialistas para discutir diretrizes a serem levadas à COP30, marcada para novembro, em Belém (PA).
Baldez destacou que o Maranhão foi o primeiro estado da Amazônia Legal a consolidar propostas regionais, reforçando a necessidade de integrar desenvolvimento econômico, social e preservação ambiental. “O setor industrial regional tem papel decisivo na transição para uma economia de eficiência energética, criando oportunidade econômica e social”, escreveu. Segundo ele, a FIEMA não se posiciona como espectadora, mas como agente transformador na construção de uma agenda climática que reflita valores locais.
A Carta do Maranhão elenca prioridades em quatro eixos: uso da terra e regularização ambiental, justiça climática, transição energética justa e financiamento climático. As recomendações incluem a valorização da bioeconomia, o incentivo à restauração de áreas degradadas, a expansão da energia renovável — incluindo solar, eólica e hidrogênio verde —, além da criação de mecanismos de governança para acesso equitativo a financiamentos. O documento integrará o relatório final “Territórios Amazônicos Rumo à COP30”, que reunirá contribuições dos nove estados da Amazônia Legal.
O movimento é articulado nacionalmente pela Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, com apoio de instituições como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Ação Pró-Amazônia.
Ao comentar os resultados, Baldez reforçou que a COP30 representa “mais do que um evento mundial”. Para ele, trata-se de uma oportunidade de reafirmar a importância estratégica da região amazônica e de consolidar um legado de prosperidade sustentável. “Convocamos todos a se engajarem nesse movimento, até porque o futuro é construído com cooperação, coragem e compromisso”, concluiu.
Edilson Baldez, presidente da FIEMA, durante a Jornada COP+, que resultou na Carta do Maranhão para a COP30
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