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IA pode aumentar produtividade da economia e criar empregos que hoje não existem


Data: 12 de setembro de 2025
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Fotos: Freepik
Fonte da notícia: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA

SÃO LUÍS –   A inteligência artificial (IA) promete transformar profundamente o mercado de trabalho, acelerando a produtividade econômica e criando empregos inéditos, segundo o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, realizado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral. No entanto, essa revolução tecnológica traz também desafios. Entre eles o risco de desemprego estrutural para trabalhadores cujas funções sejam substituídas por automação, caso não haja adaptação e qualificação adequadas. A Expo Indústria Maranhão, que acontece entre 2 e 5/10 e tem como tema desta edição a “Inteligência Artificial: uma nova revolução”, será uma oportunidade ímpar de se discutir com especialistas esse e outros impactos da IA.

 

O estudo do WEF projeta que até 2030 a adoção de novas tecnologias, incluindo IA e automação, poderá eliminar 92 milhões de empregos globalmente, o equivalente a 8% da força de trabalho atual. Mas, em contrapartida, estima-se a criação de 170 milhões de novos postos, concentrados em áreas tecnológicas e em setores que demandam habilidades atualizadas, resultando em um saldo líquido positivo de 78 milhões de empregos. Essa mudança aponta para uma transformação no perfil do trabalhador, que agora prioriza competências em inteligência artificial, big data, cibersegurança e outras tecnologias digitais. Além disso, habilidades como pensamento analítico, resiliência, liderança e criatividade ganham destaque como essenciais para navegar nesse novo mercado.

 

No Brasil, a transformação digital e a automação podem impactar até 14% dos empregos - cerca de 16 milhões de vagas - especialmente em funções de menor qualificação nas indústrias e setores de serviços. Um dado relevante está na lacuna de qualificação, que se apresenta como a maior barreira para a transformação dos negócios no país. Quase 90% das empresas pretendem investir em requalificação da força de trabalho nos próximos cinco anos, com foco em IA, big data, pensamento crítico e alfabetização tecnológica. Para que a transição seja bem-sucedida, as empresas e o poder público precisam promover treinamentos efetivos e estratégias que possibilitem que os trabalhadores migrem para funções em crescimento. 

 

Para Samy Dana, professor de economia e comentarista, que será palestrante da Expo Indústria Maranhão no próximo dia 3 de outubro, no Multicenter Negócios e Eventos, o impacto da IA no mercado industrial brasileiro será gigantesco, mas não determinístico à eliminação do trabalho humano. Ao analisar os dados do relatório do Fórum Econômico Mundial, ele reforça que embora algumas funções repetitivas estejam em risco, a demanda por profissionais qualificados em tecnologia, como análise de dados, programação e manutenção de sistemas automatizados, já supera a oferta. Dessa forma, existe um horizonte promissor desde que se invista fortemente em educação tecnológica. 

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê a abertura de 540 mil vagas industriais até este ano, especialmente nos setores de logística, construção civil, vestuário e energia, impulsionados por novas demandas tecnológicas. Essas oportunidades refletem o potencial da IA em ampliar a produtividade, gerar novos negócios e dinamizar a economia brasileira. Contudo, a opinião de Samy Dana alerta: sem políticas eficazes para qualificar e recolocar trabalhadores, o país corre o risco de experimentar um aumento do desemprego estrutural, com grupos específicos ficando para trás na transição. 

 

Além dos desafios econômicos, o relatório destaca mudanças demográficas significativas que influenciam o mercado, como o envelhecimento da população em países de alta renda e o crescimento da força de trabalho jovem em países de baixa renda, entre eles o Brasil. Este contexto reforça a necessidade de adaptação rápida do sistema de educação e treinamento para que a força de trabalho esteja preparada para as mudanças. A ascensão dos empregos “verdes”, ligados à sustentabilidade e à transição energética, também cria um campo de oportunidades, alinhado às estratégias globais de enfrentamento das mudanças climáticas.

 

Em síntese, o futuro do trabalho passa por uma transformação inevitável provocada pela IA e outras tecnologias digitais. O que estará em jogo não é apenas a substituição de empregos, mas a capacidade de reinventar funções, requalificar profissionais e construir um ambiente de trabalho mais flexível e inclusivo. Para o Brasil, o desafio é duplo: enfrentar as limitações estruturais de qualificação e aproveitar as oportunidades geradas pela inovação tecnológica para ampliar o mercado de trabalho e a produtividade. Se esse equilíbrio for alcançado, a IA poderá ser uma força propulsora da economia e da geração de empregos que hoje ainda não existem.

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